O endividamento ainda é um tabu. E essa dificuldade em falar do tema em casa e na sociedade não é algo positivo, já que comportamentos assim inibem a troca de informações. Mas tão importante quanto ter disponibilidade para abordar esse assunto, é obter dados confiáveis na hora de estabelecer esse diálogo.
Afinal, o cuidado com a sua saúde financeira reflete inclusive na sua saúde mental, como mostra uma reportagem recente do site Veja.com. Para quem está no desafio de zerar as dívidas e reorganizar as finanças, este post pode ser bem útil. Confira!
O que é endividamento?
Quando se ouve falar de endividamento, a primeira impressão costuma ser ruim. No entanto, nem sempre precisa ser assim. Isso porque, ocorre uma confusão entre esse termo e a inadimplência.
Nesse sentido, você ter uma fatura de cartão de crédito ou carnê de loja para pagar é o mesmo que ter uma dívida. Mas isso não significa que as contas não estão em dia, diferentemente do que acontece na inadimplência.
Qual a diferença entre endividamento e inadimplência?
Ao fazer uma compra parcelada no cartão de crédito, você passa a ter uma dívida. O mesmo vale para quando contrata empréstimo. Se é combinado o pagamento para o futuro e ele acontece de fato, está tudo dentro do esperado.
Por outro lado, quando passa a data de quitar uma parcela e ela não é paga, aí a pessoa vira inadimplente. E isso leva a juros, multas e outros tipos de cobrança.
Ainda que seja algo preocupante, é preciso dizer que o endividamento das famílias brasileiras aumentou nos últimos anos. Então, se é o seu caso, é importante ter em mente que você não está só e que é possível resolver essa situação.
O endividamento é realmente um vilão?
Não, não é. Se a dívida é acordada em um negócio, a pessoa se compromete com os pagamentos e os realiza do modo correto, não há problema. Ter crédito é sinal de que lojas e instituições financeiras confiam na sua capacidade de pagamento.
A inadimplência pode vir a acontecer por algum deslize. Às vezes, há dinheiro disponível para quitar um boleto, mas o pagamento é esquecido na correria do dia a dia. Os juros e multas vão ocorrer da mesma forma, mas basta ir ao banco e regularizar a situação.
Agora, quando não é possível arcar com a conta, é sinal de que as finanças saíram do controle. E não se engane: a pessoa eventualmente até recebe uma boa remuneração mensalmente, mas acumula tantas dívidas que não consegue arcar com todas.
Se o que você recebe todo mês é insuficiente para lidar com os valores que deve, está com um superendividamento. Sabia que 4 em cada 10 brasileiros já relataram estar nessa situação?
5 passos para zerar as dívidas
Equilibrar as finanças pode ser um desafio em meio a tantas despesas. E isso vale em especial para quem ganha abaixo de 10 salários mínimos, já que, muitas vezes, precisam lidar com aluguel, escola das crianças e eventualmente até nome negativado.
Na hora de resolver o endividamento que se tornou um problema, é necessário ser prático. Aqui, é muito importante agir o quanto antes para evitar que essa situação se estenda. Assim, ficará mais simples lidar com o ocorrido.
Confira 5 dicas que ajudam a lidar com esse cenário.
1. Liste tudo o que você deve
Faça um levantamento sobre as dívidas que possui, o quanto elas cobram de juros e multas a mais por não serem pagas e como elas pesam no seu orçamento.
Nesse caso, o bom é que esse acompanhamento pode ser feito por meio de cadernos, planilhas de computador e até mesmo em aplicativos de celular que contribuem para essa organização.
2. Decida quanto você pode pagar por mês
Depois de avaliar cada dívida, é hora de planejar o passo a passo para a sua recuperação financeira. Trata-se de uma atividade fundamental, considerando a sua remuneração mensal, decidir o quanto consegue direcionar para pagar tudo o que precisa.
Lembre-se que esse montante não deve prejudicar o básico da sua rotina, para ser um cálculo realista.
Nessa etapa, é interessante buscar os credores para renegociar. Nesse sentido, é válido contatar as empresas com as quais possui dívida para conversar e buscar uma solução, como, propor parcelamento com valores reduzidos em tempo estendido. Isso é algo que costuma dar resultado.
Uma dica: feirões de negociação ou renegociações por meio de empresas especializadas nesse tipo de diálogo entre consumidores e credores, geralmente, levam a propostas melhores.
3. Troque uma dívida cara por outra mais barata
Nem sempre um acordo com quem é credor acontece. Outra solução é transferir o débito para instituições que forneçam crédito com menos encargos, como juros menores. Hoje, há bastante opções no mercado.
Fazer essa nova negociação é uma oportunidade para não ter que lidar com cobranças abusivas por telefone ou outros canais. Afinal, infelizmente, essa atuação exagerada e impertinente ainda é uma prática recorrente no mercado.
Entre as dívidas baratas para assumir, também é válido considerar quais empresas oferecem maior comodidade e rapidez na hora da negociação.
Uma dica é procurar aquelas que renegociam dívidas de um jeito prático, em poucos passos e com transparência. Ainda, se toda a comunicação acontecer por meio digital, pode ser até mais simples. Assim, você terá a praticidade de ler atentamente as condições e preencher o que for necessário no horário que achar conveniente.
4. Use ganhos inesperados para pagar dívidas
Conseguir uma atividade profissional extra, reservar o 13º salário ou qualquer bônus da empresa em que trabalha são boas maneiras de conseguir recursos extras para quitar contas em aberto. A restituição de Imposto de Renda também é um caminho.
Entenda que fazer uso dessas oportunidades é ótimo para quem busca meios de resolver uma situação financeira não tão boa.
5. Reexamine seu orçamento
Depois de conseguir quitar dívidas, é fundamental reexaminar o orçamento para que elas não voltem a impactar o seu dia a dia. Ademais, investir em educação financeira é fundamental nesse sentido.
Ao contrário do que pode parecer, é bem simples buscar esse conhecimento. Ler conteúdos como este, que ensina a lidar com desafios na área das finanças, já é um bom passo. Além disso, é interessante buscar reservar parte dos seus ganhos futuramente, mesmo que seja em pequena quantidade. Isso vai ajudar no caso de eventuais gastos emergenciais, por exemplo.
Gostou do conteúdo? Para mais artigos sobre como lidar com o endividamento e cuidar melhor das finanças pessoais, é só continuar acompanhando o nosso blog.